12/11/13

meu

não é meu agora, mas é como se nunca tivesse deixado de ser.
não é meu, mas nem por isso quero partilhar.
não é meu, mas não é por isso que quero menos.
não é meu, mas não é como se não quisesse que fosse.
como se não quisesse tanto que dá uma raiva, frustração e cegueira capazes de fazer de mim algo que não quero ser.
não é meu, mas continua a ser como se fosse.
mas não pode ser.
Menos, por favor.
o fim, a distância, o pseudo-charme, a insegurança.
para quê?
porquê?
aprende a desligar.
não é meu, mas não quero que seja de ninguém.
nem sempre fui bom, mas sempre fui teu.
e agora?
continua meu ou é para começar de novo?

queria descrever o que sinto.
queria descrever o quão queria abstrair-me destas inseguranças, medos.
para quê?
porquê?

não tenho uma resposta, só palavras soltas, só picardias e jogos.
o que é que eu faço com isso?
porque é que não é passa isto tudo e não fica tudo mais simples?
onde é que eu estou a falhar? (same old questions)
porque é que isto me afecta tanto?
não é como se eu quisesse uma prisão, um sufoco, um controlo.
mas queria que fosse meu.

Sem comentários:

Enviar um comentário