27/10/13

e doía-me, acredita

< e doía-me, acredita, (...), ser tudo isso com tanta força dentro de mim mas incapaz de o demonstrar, de o dar a entender, passei uma vida a esperar que me adivinhassem os gestos para não ter que os fazer, que me suspeitassem os desejos para mos satisfazerem antes de ter que os pedir, por isso me apercebo que falhei, que de alguma forma cheguei atrasado, por isso penso, (...), que está na altura de regressar, será tarde, irei a tempo, a noite avança, alastra de mim até se perder de vista. >


Daqui a nada, Rodrigo Guedes de Carvalho

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