(às vezes) a solidão traz ignorância e somente quando há um confronto com a realidade é que se percebe o que, efectivamente, existe.
quando se fala sozinho e se vive na nossa cabeça acaba-se por tirar conclusões de coisas que podem não estar perto do que acontece e é; pode, claro, acontecer que se cheguem a conclusões úteis para a nossa vida, uma vez que se abstrai do mundo cheio de distrações.
talvez não consiga desligar o suficiente para ter essa abstração, mas sei que, com o tempo, tenho confundido isolamento com introspeção.
talvez precise redefinir alguns conceitos; focos, principalmente.
sinto uma explosão de coisas dentro de mim e não sei o que fazer com isso - um misto de energia de mudança e uma confusão de não saber o que fazer com isso ou como a usar.
às vezes não consigo distinguir um coração partido de uma frustração maior. ou se são ambos.
mas acho que dormir ajuda. sim, é isso.
amanhã é outro dia.
29/04/14
18/04/14
coração novo
quero começar coisas novas.
por favor, coração, deixa-me.
não te quero nem consigo trocar por um novo, por isso, por favor, deixa-me renovar-te.
deixa-me limpar-te e dar-te paz.
não sejas teimoso.
deixa-me tirar de ti o entulho emocional que acumulas há anos.
eu quero - e preciso! - começar algo novo.
está quase, é certo, mas deixa-me renovar-te antes de me voltar a ir embora.
preciso de ti forte e saudável.
preciso de ti comigo, não contra mim.
não me deixes sozinha com a minha cabeça. tu sabes que ela é má comigo, às vezes.
não me deixes comigo mesma. tu sabes que eu não me deixo em paz, às vezes.
quero começar de novo.
(com ele?)
por favor, coração, deixa-me.
não te quero nem consigo trocar por um novo, por isso, por favor, deixa-me renovar-te.
deixa-me limpar-te e dar-te paz.
não sejas teimoso.
deixa-me tirar de ti o entulho emocional que acumulas há anos.
eu quero - e preciso! - começar algo novo.
está quase, é certo, mas deixa-me renovar-te antes de me voltar a ir embora.
preciso de ti forte e saudável.
preciso de ti comigo, não contra mim.
não me deixes sozinha com a minha cabeça. tu sabes que ela é má comigo, às vezes.
não me deixes comigo mesma. tu sabes que eu não me deixo em paz, às vezes.
quero começar de novo.
(com ele?)
planos de bicicleta
tenho planos - pequenos, mas meus.
tenho que os pôr em prática, em vez de meter as mãos na boca na luta de Rói-não-rói.
tenho lutado contra muita coisa ao mesmo tempo e, no fim, o que mais importa é que lutei contra mim própria em vez de lutar por mim.
olho para trás e claro que me arrependo do tempo que perdi nos meus medos, indecisões e esperas. sei que foram dias mal passados, cheios de drama, confusões e más decisões. para quê? para, no fim, estar a escrever isto com o coração semi-apertado por ter desistido de mim enquanto procurava e esperava outra pessoa.
há coisas que são minhas e gosto de as manter comigo, mas às vezes sinto que há coisas que só consigo ser eu ao lado de outra pessoa; pela partilha, por ter alguém que veja quem sou - eu já sou eu o tempo todo, eu já sei e conheço o meu riso e o meu choro, mas gosto sempre de o fazer ao lado de alguém que o valoriza e, até, acha bonito.
que percebe que tenho mais de forte do que fraca, mas que as minhas fraquezas são minhas; a minha ansiedade é desgastante, mas não sei ser de outra forma - é por isso que precisava da calma, da ca(l)ma dele.
mas agora tenho planos e não quero fugir deles; tenho que os manter coerentes, (para) me manter firme.
não posso desistir ou desabar agora.
preciso de mim. não me posso falhar.
(precisei dele, mas ele falhou-me. e agora, o que faço?)
tenho que desligar de um lado para me ligar a outros.
preciso de me soltar e viver a minha vida com calma, com a minha forma de estar. preciso de fechar portas que estão empenadas no meu coração; preciso de abrir janelas e cortinas para deixar o sol entrar - estou há muito tempo no escuro e não quero que haja ninguém que me acorde à bruta.
preciso de me ver livre destas coisas da minha cabeça.
estou confusa, desnorteada.
não tenho medo de ir embora - começo-me a habituar às despedidas.
tenho receio do desconhecido, sim, claro, mas estou tranquila do meu esforço.
só preciso de me focar.
falta pouco para uma nova aventura começar e eu preciso de estar pronta.
ou menos medrosa do que estou.
definitivamente com menos fantasmas. não os quero levar comigo, mesmo que eles vão de qualquer jeito.
sou eu e os meus fantasmas nunca me deixam; nem quando aparece alguém novo, eles só se passam a dar melhor com os demónios do outro.
agora não só se zangaram, como me culpam por isso. não me fazem aceitar que a vida é isto. é assim. não me deixam viver em paz com a falta, o (des)amor, com a (des)ilusão.
mas preciso de fazer planos.
é isso que me mantém em pé, firme, equilibrada.
e cada um pedala a sua bicicleta.
tenho que os pôr em prática, em vez de meter as mãos na boca na luta de Rói-não-rói.
tenho lutado contra muita coisa ao mesmo tempo e, no fim, o que mais importa é que lutei contra mim própria em vez de lutar por mim.
olho para trás e claro que me arrependo do tempo que perdi nos meus medos, indecisões e esperas. sei que foram dias mal passados, cheios de drama, confusões e más decisões. para quê? para, no fim, estar a escrever isto com o coração semi-apertado por ter desistido de mim enquanto procurava e esperava outra pessoa.
há coisas que são minhas e gosto de as manter comigo, mas às vezes sinto que há coisas que só consigo ser eu ao lado de outra pessoa; pela partilha, por ter alguém que veja quem sou - eu já sou eu o tempo todo, eu já sei e conheço o meu riso e o meu choro, mas gosto sempre de o fazer ao lado de alguém que o valoriza e, até, acha bonito.
que percebe que tenho mais de forte do que fraca, mas que as minhas fraquezas são minhas; a minha ansiedade é desgastante, mas não sei ser de outra forma - é por isso que precisava da calma, da ca(l)ma dele.
mas agora tenho planos e não quero fugir deles; tenho que os manter coerentes, (para) me manter firme.
não posso desistir ou desabar agora.
preciso de mim. não me posso falhar.
(precisei dele, mas ele falhou-me. e agora, o que faço?)
tenho que desligar de um lado para me ligar a outros.
preciso de me soltar e viver a minha vida com calma, com a minha forma de estar. preciso de fechar portas que estão empenadas no meu coração; preciso de abrir janelas e cortinas para deixar o sol entrar - estou há muito tempo no escuro e não quero que haja ninguém que me acorde à bruta.
preciso de me ver livre destas coisas da minha cabeça.
estou confusa, desnorteada.
não tenho medo de ir embora - começo-me a habituar às despedidas.
tenho receio do desconhecido, sim, claro, mas estou tranquila do meu esforço.
só preciso de me focar.
falta pouco para uma nova aventura começar e eu preciso de estar pronta.
ou menos medrosa do que estou.
definitivamente com menos fantasmas. não os quero levar comigo, mesmo que eles vão de qualquer jeito.
sou eu e os meus fantasmas nunca me deixam; nem quando aparece alguém novo, eles só se passam a dar melhor com os demónios do outro.
agora não só se zangaram, como me culpam por isso. não me fazem aceitar que a vida é isto. é assim. não me deixam viver em paz com a falta, o (des)amor, com a (des)ilusão.
mas preciso de fazer planos.
é isso que me mantém em pé, firme, equilibrada.
e cada um pedala a sua bicicleta.
16/04/14
14/04/14
vida ao limite em passos de bébé
preciso de um reset mental e emocional.
não me apetece falar e, no entanto, tenho um coração cheio de coisas para explodir, falar e me ver livre.
dói ver o avanço, a indiferença, a vida ao limite e tudo em mim parado.
passos de bébé.
mas chego lá.
espero.
não me apetece falar e, no entanto, tenho um coração cheio de coisas para explodir, falar e me ver livre.
dói ver o avanço, a indiferença, a vida ao limite e tudo em mim parado.
passos de bébé.
mas chego lá.
espero.
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