no início, as outras pessoas não interessam, não são importantes, não existem.
há uma auto-suficiência demasiado poderosa.
há o mundo inteiro, mas não importa, o que importa somos nós, o amor.
tudo o que a outra pessoa é chega-nos.
constrói-se um muro de És tudo o que preciso e quero.
Somos só nós, mais nada.
depois, a distância.
a separação dos corpos.
a força interior de suportar o mundo em sítios separados.
a força pelos dois.
a paciência.
e, com o tempo, a distância mental.
o foco muda, o medo aparece, as dúvidas aparecem.
a auto-estima, o ego, o orgulho.
as discussões, a distância, o skype desligado e dois dias para ligar.
as prioridades, o tempo a menos e o tempo a mais.
as outras pessoas.
o peso que passam a ter. que antes não tinha tempo nem força ou vontade de lhes dar.
eu compreendia.
agora não.
há coisas que se vêem, que se ouvem, que se lêem.
que se encontram sem se procurar e que passam a fazer parte de uma rotina de luta.
as outras pessoas.
não somos suficientes sozinhos nem só com uma pessoa.
é por isso que existem amigos, é por isso que há quem traia.
nunca vamos ser suficientes. (é isso?)
percebe-se que assim não faz bem, que é possessivo, que não nos faz evoluir.
que não daremos nunca tudo de nós. que nunca seremos tudo nem nunca ninguém o será connosco.
então o que sobra de nós vai para onde? fica com quem?
com as outras pessoas (?).
é por isso que é suposto aceitar que, comigo, se fala umas coisas e com outras pessoas se fala daquilo que não tenho direito a saber?
ou que tenho direito a saber mas que nunca vou chegar a saber?
para que servem as outras pessoas, então?
e nós?
e o nosso interesse, o nosso amor, a nossa dedicação e auto-suficiência?
(mas diz que eu chego. que eu sou tudo. que só me queres a mim. muito. tudo. meu. nosso. diz. diz que não há ninguém. só nós. porque é que eu acredito mas quero mais? mas diz. diz muito. tudo. teu. nosso. sempre.)
19/06/13
15/06/13
mata-me de novo (só mais um bocadinho)
« amo-te tanto sua chanfrada, puta que te foda!!! amo-te tanto que te matava! »
12/06/13
escrever o coração
não sei se falar da mente e do coração são coisas tão diferentes quanto se diz.
mas sei que falar de ambas é difícil.
mas sei que falar de ambas é difícil.
Subscrever:
Mensagens (Atom)